ESTIMATED BENEFITS (REDUCED
DAMAGES) IN 2010 FROM CLEAN AIR ACT ($ millions) REDUCTIONS OF CRITERIA
POLLUTANTS
Mortality* 100,000
Chronic ilness
Chronic
bronchitis 5,600
Chronic
asthma 180
Hospitalization
All
respiratory 130
Total
cardiovascular 390
Asthma-related ER
visits 1
*This is the estimated value
associated with the reduction in premature mortality
Source: U.S. Environmental Protection Agency,
“The Benefits and Costs of the Clean Air Act of 1990 to 2010″, EPA Report to
Congress, Washington, November 1999
Apesar de ser
prática corrente em estudos sócio-económicos, ainda sinto algum desconforto
quando me deparo com estimativas monetárias de bens como a vida e o sofrimento
humano. Como não há mercado para estes activos (por natureza, pessoais e
intransmissíveis) o rigor científico obriga a estas tentativas esotéricas que
levam a economia para o campo das ciências ocultas.
Qual o valor da
felicidade? Como expressá-lo em unidades monetárias? Será o seu custo de
oportunidade uma estimativa fiável para o valor da vida humana? Não teremos que
a esse valor subtrair o da vida de além túmulo que, para quem nela acredita, é
eterna e perfeita e, portanto, o seu valor próximo do infinito matemático? Mas,
sendo assim, essa diferença não atribuirá à vida terrena um valor negativo e,
supondo-nos seres racionais, a decisão mais lógica não seria acabar com esta
vida de utilidade negativa e fruir da outra? Ou, por medo ou falta de fé,
teremos de considerar um risco elevado de sermos mal sucedidos?
Vou voltar a
estudar e ver se este livro de economia do ambiente me dá alguma resposta.
publicado em 25.10.2009