Porque os partidos sem assento parlamentar também têm o direito
de serem esmiuçados, faço agora a seguinte análise:
Com quase 1% da totalidade dos votos temos o PGM, o Partido do
Garcia Pereira, (vulgo Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses/Movimento
Reorganizativo do Partido do Proletariado). Surge assim a extrema esquerda
representada em primeiro lugar pelo partido que, no último dia da campanha,
disparou nas “sondagens” quando o seu líder foi aos Gato Fedorento. Em nome do
país agradeço esse contributo dos quatro comediantes. O saudosista José Manuel
também.
Em seguida temos os partidos “moderadamente radicais”, o MEP,
PND e MMS, com percentagens entre os 0,45% e 0,30%. Os representantes dos três
partidos, respectivamente Laurinda Alves, Manuel Monteiro e o Rajá da
Cochinchina, já prometeram reunir-se para discutir a fusão dos num só Partido
Católico (já que não conseguem enganar ninguém com as siglas de palavras
bonitas).
O casamento político do ano foi o do Movimento Partido da Terra
com o Partido Humanista, agora conhecido como Frente Ecológica Humanista (com
quem o Belmiro já travou conhecimento), que não é mais que uma CDU dos
pequeninos – comunismo e ecologismo lado a lado, com o primeiro a subjugar o
segundo como manda a ordem natural das coisas.
Finalmente a ala radicalo-fundamentalisto-terrorista é liderada
pela extrema direita “morte aos imigrantes, paneleiros e badalhocas que fazem
abortos” do fascista PNR e do Partido Pró Vida, com respectivamente 0,21 e
0,15%, seguidos da extrema esquerda “morte às
nano-mini-micro-piquenas-e-médias-empresas-que-das-grandes-trata-o-bloco-e-o-PC”
do PTP e do POUS, ambos com 0,08%.
Foi a análise dos 6,74% de votos dos Portugueses que não
acreditam na conspiracentrão do voto útil ou, se quisermos, da percentagem que
daria ao Bloco deputados suficientes para ultrapassar o CDS (mais coisa menos
coisa).
publicado em 27.09.2009